sábado, 7 de novembro de 2009

A banalização da Agroecologia

À propósito do I Seminário de Agroecologia, promovido pela 30° Expovel...

A banalização da Agroecologia


Ultimamente se costuma muito tomar discursos elaborados sob bases nitidamente justas e necessárias, para se realizar discursos político-ideológicos que em sua essência desvirtuam a ideia inicial da proposta. Movimentação da classe ruralista na cidade de Cascavel, durante este mês de Novembro, nos mostra como esse enunciado se torna prático. A Agroecologia, uma proposta de união entre a vida saudável e a produção de alimentos, está sendo submetido a uma cruel banalização.

Sob a forma de um seminário, grandes proprietários de terras - os mesmos que promovem em grande medida a intensa desigualdade dos dias de hoje, os mesmos que conseguem majestosamente unir o discurso agroecológico à prática da monocultura e à utilização em larga medida de agrotóxicos – estão reunidos para debater alternativas sustentáveis para o campo. Seria cômico, se não fosse trágico e contraditório.

Preocupa-nos o fato de termos que tolerar um discurso agroecológico, sem ter em mente a reforma agrária, distribuindo riqueza natural, realizando uma brusca mudança na concepção de extração de recursos e banindo de uma vez por todas a cultura da ganância pelo lucro a qualquer preço ambiental com o uso de agrotóxicos e todos seus derivados.

Deste modo, o maior prêmio para a real concepção de agroecologia não é aquele cujo nome é parecido com serra – a serra dos cortes ilegais e do desmatamento – mas sim a inversão imediata da concepção de agricultura, tomando como base a partir de agora a troca de experiências, não visando o lucro, valorizando o saber tradicional camponês, abandonando as máquinas, agrotóxicos e realizando a justa e verdadeira reforma agrária, deixando de lado a ideia de que um senhor pode ser dono de uma riqueza natural, que na essência, é da humanidade. Isto é Agroecologia! Isto é alternativa!

Conrado Pereda Minucelli
Diretório Municipal PSOL/Cascavel

domingo, 26 de julho de 2009

Laerson concedendo entrevista. Ao fundo trabalhadores


Sindicato da Sadia ataca trabalhadores

Trabalhadores da Sadia reuniram-se no ultimo dia 25 de julho para realizar a assembléia de fundação de um sindicato específico da classe de trabalhadores em frigoríficos.

O que era pra ser um ato democrático foi marcado por mais uma manobra do sindicato da alimentação de Toledo. Com a presença de secretários da Sadia de Curitiba e da região Oeste, a empresa, representada pelo sindicato, coagiu e influenciou funcionários a votarem pela não criação do novo sindicato.


Os defensores de sua criação foram surpreendidos por várias vezes com agressões verbais e físicas. Dentre elas, a mais marcante registrou-se no momento em que o representante da APLER (Associação dos Portadores de LER) Laerson Vidal Matias, falava aos trabalhadores através de um carro de som e representantes da empresa e do sindicato partiram para a agressão, que foi contida por policiais e defensores do sim.


Funcionários relataram ainda que o atual sindicato os ameaçou de diversas formas, inclusive através de um panfleto, cujo texto teria sido escrito por um gerente da empresa.

Constatada a necessidade de se interditar o local por falta de segurança devido ao grande número de trabalhadores, os bombeiros e a Polícia Militar aconselharam aos organizadores marcar uma nova data para a assembléia em outra localidade. Mesmo com a ordem de suspensão, representantes do sindicato e da empresa realizaram eleição simbólica pelo não, no pátio da Unioeste, sem credenciamento e sem identificação de quem seria ou não trabalhador de frigorífico, o que invalidaria tal ato, que sequer tinha edital de convocação.



Segundo os organizadores, a próxima assembléia será realizada o mais rápido possível devido à necessidade de se organizar os trabalhadores em frigoríficos para os enfrentamentos necessários quanto à saúde do trabalhador e questões específicas da classe.

A importância desse sindicato é a defesa efetiva de trabalhadores em frigoríficos e indústrias de carne de toda a região e não apenas da Sadia.

Funcionário da empresa tenta desmobilizar trabalhadores.

sábado, 20 de junho de 2009

Pontos para uma agenda ecossocialista para Cascavel



Questão do Lixo em Cascavel: um enlace entre o combate à corrupção e a defesa do ecossocialismo

Mais do que nunca, estamos convencidos que, assim como no Brasil, em Cascavel a defesa do ecossocialismo como alternativa econômico-democrática e humanamente sustentável, deve se tornar central. E para que possibilitemos que esse debate seja feito à população cascavelense, o PSOL deve impulsionar com sindicatos, movimentos sociais e com toda expressão de luta por uma sociedade justa e igualitária, um amplo debate sobre a questão do lixo na cidade, visando um projeto de iniciativa popular à inoperante câmara de vereadores.
Este tema engloba sutilmente dois aspectos essenciais: um é o combate à corrupção como uma estratégia provisória de acabar com gastos públicos gerados por desvios de finalidade e contratos fraudulentos, criando assim meios para que os recursos sociais sejam mais bem distribuídos e que sejam aplicados, ainda na sociedade burguesa, para fins que julgamos emergenciais. Possibilita ainda que em uma futura gestão municipalizada do lixo, o conjunto da sociedade, que estará impulsionando esse debate, force o município a adotar políticas ambientalmente sustentáveis no que se refere ao tratamento do lixo, sua destinação, em possíveis ações educativas e em outras áreas ligadas ao meio ambiente. Como sabemos, em Cascavel, o contrato do lixo é de responsabilidade privada, ficando o município com o ônus do equilibro econômico-financeiro contratual e dos desvios de conduta administrativa dos gestores públicos e, as políticas ambientais, que também não são satisfatórias, sendo a maioria delas, ligadas a reformas no Lago Municipal e gestão da vitalidade das capivaras que lá vivem.
Perceber essa ligação entre a corrupção no Estado burguês, caracterizada aqui pelo contrato do lixo, e a defesa de um programa ecossocialista, é perceber que não estamos apenas nos tratando de apelos morais puramente eleitorais, mas sim, estabelecendo diretrizes claras de como queremos que sejam gestadas as políticas sociais e ambientais: pelos trabalhadores, movimentos sociais e lutadores.

Conrado Pereda Minucelli
Diretório Municipal PSOL/Cascavel

domingo, 14 de junho de 2009

PSOL de Cascavel elege novo Diretório Municipal

Jéferson Kaibers (foto) é o novo presidente

Aconteceu no último domingo (14) o III Congresso Municipal do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade), que renovou o Diretório Municipal do partido na cidade de Cascavel. Como é de costume, a sigla adotou novamente o rodízio no comando do partido. O antigo presidente e ex candidato a prefeito de Cascavel, Ivanildo Claro da Silva, passa a ser agora substituído pelo arte-educador e membro da Associação dos Artistas Plásticos de Cascavel, Jéferson Luiz Kaibers. O diretório é composto ainda pela vice-presidente Roseli de Lima, o ex candidato a vereador Conrado Pereda como secretário e Ivanildo Claro, agora assumindo a posição de tesoureiro. Para Jéferson Kaibers, agora é a hora de mostrar a que o partido veio, mantendo um diálogo com os movimentos sociais e disputando um projeto de sociedade diferente dos demais: “Nossa missão no comando da sigla agora é mostrar que o PSOL é uma alternativa a essa crise econômica, energética, alimentar e ambiental, propondo para Cascavel e o Paraná um projeto socialmente justo e ambientalmente sustentável”.